Sumário
1 Introdução
2 Políticas e Material
3 Análise Crítica das Obras
4 Conclusão
5 Referências Bibliográficas
1 Introdução
Os
materiais têm o poder de transmitir sentimentos e sensações. Exemplos a
serem citados são o aconchego trazido ao espaço pela madeira e a
leveza do vidro. O edifício Reichstag é um dos edifícios que mostra o
efeito dos materiais na arquitetura recente. A doma de vidro presente
na construção levantou várias dúvidas e críticas. Uns achavam que a
doma representava a transparência da democracia, enquanto outros
questionavam se não seria uma forma de comparação à acessibilidade ou
honestidade governamental. O edifício Reichstag mostrou que materiais
carregam vários significados e manejá-los não é tarefa simples.
Steven
Holl defende que o uso do significado dos materiais, não só é uma
responsabilidade do arquiteto, como também uma de suas ferramentas mais
poderosas. A experiência fenomenal da arquitetura não pode ser restrita
a uma única interpretação.
Detlev
Mertins mostra uma perspectiva histórica de como os arquitetos
modernos tentaram ligar materiais à política progressista.
Um
exemplo contemporâneo de inovação do uso dos materiais está presente
no trabalho de Tochico Mori, que mostra como uma tecnologia antiga, a
tecelagem, está tendo novos e diferentes usos. Tochico sugere ainda que
os arquitetos adotem uma “mentalidade exploradora” para o uso dos
materiais, uma vez que recentes avanços na tecnologia material têm vindo
de campos desligados da arquitetura.
Uma
abordagem diferente está documentada no trabalho de Wiel Arets, que
demonstra o poder dos materiais de integrar elementos diferentes em um
todo compreensível, usando o exemplo de uma galeria de arte que ele
projetou na Holanda.
Jesse Reiser e Nanako Umemoto procuram pela disseminação de uma concepção mais ampla do termo materiais, definindo
arquitetura como a organização dos elementos no espaço. Eles usam
diagramas para evidenciar a inteligência que faz parte do mundo dos
materiais e para traduzí-la em intervenções arquitetônicas.
Examinando
um recente e importante desenvolvimento na arquitetura, Victoria
Meyers procura pela ascensão dos chamados “materiais verdes”,
argumentando que esse nome não deve ser usado meramente como uma
“bandeira” da preocupação ambiental, e sim refletir uma atenção mais
profunda quanto à ligação existente entre arquitetura e ecologia. E
finalmente, Evan Douglis, que faz uma séria meditação acerca do poder
que a política tem de fazer – e desfazer – o mundo material.
2 Políticas e Material
A
história dos materiais está estritamente ligada à história da
civilização humana. O material evolui em nível de complexidade a partir
da interação e conexão com a sociedade. Exemplo dessa complexidade é a
tecelagem que era utilizada pelos Incas e peruanos para compor suas
manifestações religiosas. Muitas culturas também usam a tecelagem
arquitetonicamente.
O
ponto de materialidade da arquitetura é um componente necessário à
transformação da experiência que está em curso , altera comportamentos e
hábitos de frequentação de lugares que provocam alguns deslocamentos
na experimentação corpórea da cidade.
“(...)a
lógica dos espaços é a lógica do objetos que o integram, mas tais
objetos se destinam a expressar algo da singularidade de seus donos
(...)” ¹
A
arquitetura possui duas extremidades: uma são as qualidades de peso,
durabilidade e cores que os atributos e as performances fazem reconhecer
todos os materiais. E na outra extremidade estão as forças invisíveis
que formam a arquitetura, como as forças sociais, políticas ou
econômicas. A arquitetura como prática é definida pela matéria.
A
ligação entre políticas e materiais de construção, principalmente a
política revolucionária, foi um impulso recorrente dos arquitetos
modernos do século XX. Os materiais sintéticos como o vidro e o aço se
prestavam bem à produção em série da época.
“A
princípio parecem ganhar terreno ideias como transparência e fluidez
dos espaços, ausência de delimitações espaciais rígidas e até
superposição e mutabilidade de funções (...)” ²
Materiais
e práticas materiais na arquitetura assumem encargo político – muitas
vezes apenas por um breve momento – através da sua participação nos
sistemas de comunicação e consumo que constituem o desenvolvimento do
mundo. A construção verde é uma das ferramentas mais poderosas que a
arquitetura tem para influenciar na política. Em um mundo onde a
preocupação ambiental é uma necessidade imediata, a política se vê
obrigada a fazer algo nesse sentido. O poder da arquitetura verde de
aumentar a eficiência energética de edifícios surge como uma estratégia
política ambiental para que vivamos em um mundo menos degradado. O
estudo mais profundo sobre os materiais capacita os arquitetos para
usá-los de maneira a auxiliar no desenvolvimento dessa política, a fim
de obter a maior quantidade de benefícios possíveis da arquitetura e dos
materiais em prol da política.
3 Análise Crítica das Obras
A
igrejinha em Limburg é a demonstração de que é possível realizar uma
arquitetura que integre material e paisagem / individuo e material ,
possibilitando inteirações e conexões com matérias simples sem a
utilização de técnicas comuns , possibilitando sensações novas ao
indivíduo contemporâneo extasiado pelo marasmo da vida cotidiana.
III. O vídeo em questão mostra como a criatividade e o uso dos materiais corretos pode interferir positivamente no espaço e na maneira como ele é usado. A arquitetura tem o poder de mudar comportamentos e é justamente por ter essa habilidade que ela pode ser uma importante ferramenta política e social. No vídeo vemos um exemplo de intervenção arquitetônica mudar o comportamento de milhares de pessoas qua passaram pelo local onde ela ocorria. Se essa simples obra influenciou tantas pessoas dessa maneira, não há como negar o da arquitetura enquanto formadora de opiniões.
link do vídeo:
4 Conclusão
Os
arquitetos devem ser mais engenhosos, inovadores e criativos . Tochico
Mori sugere que esses profissionais adotem uma “mentalidade
exploradora” para o uso dos materiais, uma vez que recentes avanços na
tecnologia material têm vindo de campos desligados da arquitetura. A
escolha dos materiais é importante para expressar a idéia da construção
e a sensação que esta transmite. É aí que entra a necessidade de o
arquiteto pesquisar e se manter informado sobre o que acontece no
mundo, pois toda novidade pode ser usada a favor de sua profissão.
5 Referências Bibliográficas
The state of architecture at beginning of the 21st century - capítulo 'Politics + Material'
[1] [2] Kapp, Silke. A Síndrome do Estojo. Disponível em : <http://mdc.arq.br/2009/05/09/sindrome-do-estojo/>
Bluetube Bar by Dose. <http://www.designboom.com/weblog/cat/8/view/18077/bluetube-bar-by-dose.html>
Reading Between the Lines. <http://www.escritoriodearterio.com.br/blog/>